segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Diga NÃO a violência contra a Mulher.

25 de Novembro - Dia Internacional de Luta pelo fim da violência contra a mulher.


"É o tempo do medo. Medo da mulher à violência do homem e medo do homem à mulher sem medo". (Eduardo Galeano)


As raízes desta violência estão na discriminação ainda persistente contra as mulheres.

Uma pesquisa realizada este ano pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a violência sofrida pelas mulheres, apontaram em seus resultados, uma triste realidade onde 1/3 das mulheres em todo o mundo sofrem de violência física ou sexual; a violência sexual é o tipo mais comum das violências contra a mulher e afeta 30% das mulheres em todo o mundo; e 38% das mulheres assassinadas no mundo foram mortas por seus parceiros íntimos.

Segundo a Profa. Dra. Viviane Melo de Mendonça (docente do Departamento de Ciências Humanas e Educação da Universidade Federal de São Carlos), "esta discriminação é um dos resultados de como normas e padrões de gênero se constituem sócio-historicamente e engendram desigualdades nas relações de poder entre homens e mulheres, criando-se, hierarquicamente, o lugar do homem e o lugar da mulher, um binarismo perverso que constitui desigualdades, iniquidades e aprisiona subjetividades. Na sua origem, a violência contra as mulheres decorre do modo como produzimos estas relações de gênero e de como as reforçamos em nossos discursos, jogos, piadas e brincadeiras, para os quais devemos estar atentos, afinal, tornamo-nos cúmplices desta violência quando assim fazemos."

Como disse Galeano, é um tempo de medo, medo da mulher à violência do homem. Como um medo se transforma em luta para vivermos sem medo? 

Rapidamente, vamos contar a história de Maria, uma mulher brasileira, que em 1983, seu ex-marido tentou assassiná-la por duas vezes. A primeira tentativa foi com um tiro em suas costas enquanto dormia, na segunda ele tentou eletrocutá-la no banho. Infelizmente, Maria perdeu o movimento das pernas e ficou paraplégica, enquanto seu ex-marido não foi punido por esses crimes. 

Maria foi à luta, e de sua luta temos hoje uma lei com seu nome: Lei Maria da Penha, que regulamenta os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil e que altera o tratamento dado anteriormente pelo Poder Judiciário aos agressores de mulheres no âmbito familiar. Com a Lei Maria da Penha, o silêncio do medo começou a ser quebrado, e o número de denúncias de violência contra mulher no Brasil aumentou seis vezes desde 2006, quando ela foi criada. 

Neste ano, mais um medo se transformou em luta, e assim mais uma conquista para as mulheres. Foi sancionada pela Presidência da República a PLC 03/2013, de autoria da deputada federal Iara Bernardi. A Lei obriga o SUS a prestar atendimento emergencial e multidisciplinar às mulheres vítimas de violência sexual, a realização de diagnóstico e tratamento de lesões, exames para detectar doenças sexualmente transmissíveis e contracepção de emergência. Parece óbvio, mas este direito não estava garantido. 


Portanto, vamos apagar essa mancha da nossa história, vamos quebrar as barreiras pelo fim dessa violência. NÃO SE CALE! DENUNCIE! LIGUE 180.

Quem bate na mulher, machuca a família inteira!


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